O forró surgiu por meio da junção de vários ritmos nordestinos, como o baião, a quadrilha, o xaxado e o xote. Esta paixão nacional tornou-se também uma dança, chamada popularmente no nordeste de "arrasta-pé". Além do jeito europeu de dançar, a performance do forró também adquiriu o balançar de quadris comum em danças africanas. 

   A origem do nome, ademais, vem da palavra "forrobodó", de origem bantu — derivado do tronco linguístico africano que influenciou o idioma brasileiro. O significado desta palavra seria algo como farra, confusão ou desordem. Além disso, segundo o historiador Câmara Cascudo, o forró seria derivado de uma festa, também chamada "forrobodó" que depois foi transformada em um gênero musical. 

   O forró tornou-se um fenômeno nacional no começo da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou a canção "Forró de Mané Vito", em parceria com Zé Dantas. Depois disso, muitas outras músicas começaram a ser gravadas tendo como principal estrela este ritmo tão amado. 

      Você já ouviu falar sobre "O Rei do Baião"? Este título de honra foi concedido a Luiz Gonzaga do Nascimento, compositor, cantor e instrumentista, que nasceu em Exu, no Pernambuco. Luiz aprendeu a tocar sanfona com seu pai, o sanfoneiro Januário, que tocava em bailes. Desde criança, Gonzaga trabalhava na roça e, seguindo o exemplo do pai, tocava em bailes, forrós e feiras. No final dos anos 50, Gervaldo Vandré impulsionou a carreira de Luiz Gonzaga quando regravou Asa Branca — canção de Gonzagão que serviu para protesto em 1965 na releitura dos tropicalistas.